PORTO VELHO – A Prefeitura de Porto Velho encaminhou ao expressaorondonônia, às 15h40 desta sexta-feira nota contestando as denúncias do sargento Coelho, da Polícia Militar, cuja esposa está infectada pelo coronavírus, foi levada ao Centro de Especialidades Médicas (CEM) – unidade de referência e regulação para pacientes com suspeita da doença na capital – e os profissionais de serviço na unidade teriam negado atendimento.
O calvário familiar do sargento Coelho continua. A esposa dele foi levada outras duas vezes em busca de atendimento médico e sempre foi considerada com ‘sintomas leves’ da doença e mandada de volta para casa.
Segundo o sargento Coelho, o quadro dela foi se agravando e agora ela já está ‘entubada’ – respirando mecanicamente.
O que soa estranho nesses vários relatos de atendimento precário aos suspeitos de estar com coronavírus é que parece que não se faz o procedimento correto enquanto a pessoas estão apenas com os sintomas leves e só começam a tratar de fato quando o quadro já está bem complicado.
Alguém da área de saúde poderia vir a público esclarecer de uma vez por todas essas questões, como a utilização ou não da cloroquina e o porquê.
Veja a íntegra da nota da Prefeitura de Porto Velho:
Nota
A prefeitura, através da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), informa que seguiu os protocolos preconizados pelo Ministério da Saúde no atendimento da paciente.
No primeiro contato com o Call Center, dia 7 de maio, o médico classificou como caso leve mediante os sintomas relatados pela paciente, orientada a permanecer em casa em isolamento domiciliar, como é o procedimento. Todos os pacientes atendidos no Call Center são orientados a retornar a ligação em caso de piora nos sintomas.
A paciente buscou atendimento presencial direto no CEM, dia 09, onde o esposo Policial Militar ameaçou de morte a equipe médica plantonista. Foi coletado material para testagem de Covid-19, realizados exames e, por não apresentar gravidade no quadro, encaminhada para casa com receitas e orientações médicas.
A paciente fez novo contato com o Call Center, dia 11 de maio, que foi encaminhada ao CEM, onde o tumulto ocasionado pelo esposo se repetiu. Na ocasião, o militar acionou um médico da Polícia Militar que prestou atendimento e encaminhou a paciente para casa, mesmo após o atendimento do CEM.
Na noite de 13 de maio, a paciente buscou atendimento na UPA SUL, já com resultado confirmado de Covid-19. Foi prontamente atendida, medicada e colocada em observação para estabilização do quadro. A paciente apresentou piora no padrão respiratório e, para proteção da paciente, a conduta médica foi de entubação e encaminhamento para a AMI (Unidade de Assistência Médica Intensiva).