PORTO VELHO – O presidente Emílio Garratazu Médici, por decreto, cria o INCRA, que vai substituir o Ibra (Instituto Brasileiro de Reforma Agrária), o Inda (Instituto Nacional para o Desenvolvimento Agrario) e o Gera (Grupo Executivo para a Reforma Agrária).
O Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) terá sua sede na cidade de Porto Velho, capital do Território Federal de Rondônia.
Seu coordenador será o capitão Silvio Gonçalves de Faria, que irá coordenar a colonização e reforma agrária em Rondônia, Acre e toda a Amazônia Ocidental.
1971, 29.03 – O governo federal (regime militar, ditadura militar) autoriza o INCRA a implantar núcleos de colonização e assentamento agrário e declarar indispensáveis á segurança nacional terras em Rondônia na faixa de 100 km de largura ao longo da BR 029, depois BR 364.
“Foi um nocaute. Um soco na boca do estômago”. Diziam os seringalistas ao verem suas terras desapropriadas e seus domínios – territoriais e políticos -liquidados.
O regime estava baseado na lei 1504/1964, o Estatuto da Terra.
A falida empresa seringal dava lugar a uma mudança radical e conflitante imposta por uma frente de expansão social no bojo de um grandioso e complicado projeto geoestratégico do governo militar.
*E professor de história regional e historiador