PORTO VELHO – A reabertura do comércio e outras atividades a partir desta terça-feira, 16, conforme o decreto do governo do Estado publicado na noite de domingo, pode ser uma boa notícia para quem está recluso, mas para a Associação Comercial de Rondônia (ACR), conforme seu presidente Wanderlei Oriani, a situação nesse retorno será de autêntica “terra arrasada”.
Só no maior centro de compras, o Porto Velho shopping, Oriani estima que das 160 lojas, mais de 60 não deverão reabrir e nisso não estão incluídas as das duas praças de alimentação que, mesmo com a flexibilização, vão permanecer fechadas.
Além delas, ainda conforme a mesma fonte, número superior a 300 lojas deverão não reabrir por falta de condições financeiras e econômicas de seus proprietários, aumentando ainda mais os problemas sociais, com ampliação da taxa de desemprego.
PROTOCOLOS
O novo decreto do governo estadual flexibiliza, mas vai exigir da parte da empresa beneficiada e de seus funcionários muita atenção para evitar punição pela fiscalização. Nessas normas, os setores que deverão ter maior atenção serão o shopping e galerias, com base no modelo desenvolvido pela Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) em parceria com o Hospital Sírio Libanês, de São Paulo, apresentado ao Governo de Rondônia pelo Porto Velho Shopping.
Também merece destaque o protocolo a ser adotado por restaurantes, lanchonetes, sorveterias e afins, que voltam a operar com consumo no local, porém com limitação do tempo de permanência de cada cliente, por até duas horas, distanciamento mínimo de dois metros entre as mesas, abertura de portas e janelas, entre outras medidas de redução do risco de contágio, explica o texto distribuído pela superintendência de Comunicação do CPA.
As lojas de roupas e confecções estão autorizadas a abrir, mas sempre obedecendo normas de controle, com o detalhe de que não será permitido provar roupas e calçados. As novas normas do Governo também envolvem salões de beleza e barbearias, lojas de eletrodomésticos, de bens e de informática.
Continuam funcionando todos os estabelecimentos que já estavam permitidos na fase 1 do Decreto n° 25.049, todos operando sob protocolos específicos de segurança sanitária, apresentados sob a forma de notas técnicas da Agência Estadual de Vigilância em Saúde de Rondônia (Agevisa), disponibilizadas no Portal Covid-19.